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36 Encontro Nacional MGF

Mesa Pediatria

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Vacinação e obesidade infantil são campos de intervenção chave para o MF

 

No dia 14 de Março, logo a seguir à cerimónia de abertura (pelas 14h30), o 36º Encontro Nacional de MGF vai acolher uma das suas mesas mais promissoras, dedicada a atualizações em Pediatria e desenvolvida em parceria pela APMGF e pela Sociedade Portuguesa de Pediatria – SPP. Esta sessão será moderada por Nuno Jacinto (médico de família na USF Salus e secretário da Direção Nacional da APMGF) e contará com uma apresentação sobre vacinas extra-PNV, a cargo de Fernanda Rodrigues (presidente da SPP) e uma segunda comunicação focada na obesidade infantil, da autoria de Carla Rego (pediatra do Centro da Criança e do Adolescente do Hospital CUF Porto e membro do Conselho Científico da Plataforma contra a Obesidade da Direção Geral da Saúde)

 

“Os médicos de família (MF) e os pediatras são, para os pais e para os adolescentes, uma das principais fontes de informação sobre as vacinas e a sua utilização, em particular sobre as que não estão incluídas no PNV e que, por essa razão, colocam questões adicionais, tais como a segurança, os benefícios da sua utilização e os custos” avança Fernanda Rodrigues.

Para a presidente da SPP, na decisão de recomendação de uma vacina fora do PNV os profissionais devem “ter em conta as caraterísticas da doença (morbilidade, mortalidade, sequelas), a epidemiologia (incidência, grupos etários mais atingidos, microrganismos em circulação vs incluídos na vacina), as caraterísticas da vacina (segurança, imunogenicidade, eficácia e efetividade) e, finalmente, o custo da mesma visto numa perspetiva individual. É importante perceber que a Comissão de Vacinas da SPP publica regularmente recomendações sobre vacinas fora do PNV, disponíveis no seu site (www.spp.pt)”.

Também a obesidade infantil é motivo de preocupação e reflexão para os MF nacionais, face às alarmantes taxas registadas em Portugal nas últimas décadas (a prevalência de obesidade infanto-juvenil ronda os 30%, transversal à idade pediátrica (2-15 anos; EPACI, SPEO, COSI).

“A abordagem terapêutica da obesidade primária ou nutricional deverá ser multidisciplinar e em contexto familiar. Por outro lado, a forma mais eficaz de travar o incremento desta doença crónica reside na identificação precoce de «recém-nascidos de risco» e na prevenção e intervenção precoces durante a idade pediátrica em crianças «em risco». Pelo atrás exposto, e ainda pela constatação da falência, a nível mundial, dos programas de intervenção centrados em medidas de intervenção comunitária, conclui-se que a forma mais eficaz de redução da prevalência da obesidade em geral e da pediátrica, em particular, reside na atitude assertiva do médico de MGF e do pediatra”, conclui Carla Rego.

Ainda de acordo com a docente da FMUP, “nos casos de obesidade grave ou de ocorrência de comorbilidade, bem como nos casos de obesidade de origem genética ou secundária (sindrómica, endócrina, etc.), a orientação atempada e adequada para uma consulta de Pediatria com experiência em obesidade ou para consultas de especialidade é determinante na redução de complicações, bem como na melhoria do prognóstico”.

 

 

 

 

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